sexta-feira, 18 de abril de 2014

Encontrando um selvagem

Irmã VII
Não me conte de seus sonhos nem de seus pesadelos apenas de suas cobertas que...
Vamos relembrar ...  conheço bem e não vou te abandonar...
Como um bibelô carismático que apenas encanta, mas não canta, pois sua voz esta encoberta por milhares de fios ditados pela linda e sacra entidade perfeita que foi nossa infância...
Perdoe-me por não engolir tudo que me prostra-se em longa e empoeiradas brincadeiras...
Por respeitar seriamente às escondidas regras...
Por pular as divertidas muralhas de duros e as vezes molengos concretos frios e vazios de solidão e abandono...
Por apenas te servir de estátua de performance estática 
Onde encontra sua verdadeira performance?
Em minha luz ou em meu olhar? Em minha vida ou em minha morte?
Apenas seja quem “eu “ quero ser!!
Não menos ou mais...
Seja o que não consegui ser...
O que não consegui me tornar...
O que não consegui me perdoar...
O que não consegui me suportar...
O que não consegui me doar...
O que não consegui me transformar...
E transmutar no que deveria ser e ter e consequentemente  um vocabulário sem existência e preconceito.
apenas a simplicidade de ter um efeito de não ser e não ter...
sem efeitos ou sons que alarme-se uma comunidade ou um todo que não suportasse esse simples e delicado ser...

mei  
imagem: 

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