segunda-feira, 29 de setembro de 2014

De volta ao Parque

Então tá
aceitando o grande parque que já vem se formando há tempos com suas belas distrações para os muitos mefistofélicos.
Tudo bem
Vamos brincar de rodar...
ou seria (só) de vez em quando rodopiar com as multiplicidades, habilidades, potencialidades e por ai ai vai com as idades...
Vamos lá...
Estou aqui pronta pra te satisfazer... 
mas...
depois do seu divino esforço em me recompensar...
Com força ou sem... Estarei a sua ordem para que todos entrem nessa roda de grande poder que todos estamos de uma ou de outra dentro, pois o fora não existe né...
ou não
Todavia estarei aqui por...
aqui
em cima
(onde mais poderia ser...)
Imagem por: Jessica Maertens


domingo, 28 de setembro de 2014

Beleza donativa

Consternação pelas lindas e afloradas coloridas aberturas que vão se abrochando a cada vão de pele que não se usa mais...
seu tempo se foi com as diversas ocasiões que também não esperaram...
Instinto ancestral que aos poucos vão se tornando a figura que todos um dia sonharam ser, mas ter nunca usaram
porque ser desgracioso se a graça está em todos os templos de súplica ou quase todos os momentos de agracidade
Beleza pura em adubo de terras pisadas com pés ou corpos que sem querer deixaram sêmen 
pare que sabe um dia uma nova vida de forma agradável pudesse ser outra depositária 
a libertação do ser compartilhado com o donativo divino
 Imegem por: Gulfidan Oz




terça-feira, 23 de setembro de 2014

Marionete

As vezes forças não sabem com manter ligadas as linhas de comando e entram 
em multidões de sentimentos...
mãos por baixo não funcionam 
talvez
por trás seriam suficiente...
Mei 


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Chiclete lavrado

Depois do doce mastigável 
talvez um ar que não vem
uma palavra selada
uma cortesia dos muitos príncipes das ruas... 
Mei

Imagem por: Jenn Violetta

domingo, 21 de setembro de 2014

Pano branco

Pusilânime
Sim como sempre está certa que o momento chegou...
Lavar as mãos e olhos para que todas as cores se vá em comunhão ao sereno nada, porque o nada também pode ser uma opção desejada.
Tempos selados pela bela escuridão prontos para aceitar
Por que sempre que a perseguimos, ela chega até nós
Tudo bem bem em não ter nada, tudo bem em não ser nada, tudo bem em alcançar nada ou mesmo ir a nada.
no fim sempre nada(mos) para um lindo oceano de fins sem coerências
Se tudo que realmente é real são as coisas prontas com produtos realisticamente satisfatório até a chegada de outros e mais outros e mais e talvez outros mais...
 por preços tão fáceis de aceitar com trocas não tão dolorosas e tempos passantes
porque não se sonhar
porque não ser real
porque não existir
sem buscas
apenas
resultados
sem razões ou tensões
pensamentos pra que...
sentimentos porque?
Palavras...
porque?

um esvoaçante pano branco ( se preferir) sem cor por cima de um que foi tudo ao mesmo tempo
sendo talvez esse um grande problema para o consentimento do tempomundo que foi demais
e o mais

para os fracos
um voo apenas sem olhares ou toques
a penas
volta
Mei

terça-feira, 16 de setembro de 2014

trançado contado

Numa tríade nos deixamos embalar embriagadas pelos envolventes fios manchados
entre um balanço e outro náuseas alucinógenas enfraqueciam corpos ainda sem fazer
Omaso pronto para receber
pulos altos em ritmos constantes...
mas os dedos ainda se prendiam entre suas puras loirices trançadas para que não me deixassem voar ao encontro do ninho passageiro
E agora...
onde vocês estão?
me embala nova(mente)
me trança novamente    
me balança até o salto ter a altura invisível 
para que minhas humildes mãos não lhe procurem mais
não lhe segurem mais
não me substituem mais
não mais
seja minha
nem eu a de ninguém...

Imagem por: Siyu Chen 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Chá - apenas um convite


Poço sorvedouro 
Que florada exuberante me proporcionará nesse inverno?
Quantas belezas me adornaram enquanto vegetal no meu reino plantado 
só mais uns ramos restam para me mercadizar 
Sedução vermelha escorrega entre lábios brancos e olhos fechados só para não lhe ofuscar sua importação...
vozes agora tão distante quanto suas profundezas me chamam sem respostas benignas para quem sabe lhes ameigar
Talvez...
um chá 
Lit(urgia) macerada ao calor das palavras criadas sob expressões humanas ou 
talvez...
astrais 
não, agora não...  com, entre, tantos ou muitos
sirvam-se
a polpa já está bem adubada e fértil com suas pétalas rosadas, vermelhas, roxas, laranjas... tantas mais que seu paladar aspirar...
estarei com vocês..
me saboreando
me inspirando
me tocando
me imaginando
em plena infusão.
Mei 




domingo, 14 de setembro de 2014

Visível

O que olhos não vêem
o corpo sente
a alma avista
o ser excogita 
mas só
você deve entender...
tecido.





Imagem por: Jenn Violetta

Experiência


para passagem
de um tempo que coisas como olhos, boca corpo, vida flores ainda eram insigne
agora

insite
instante
distante
que talvez só permaneça na estante para muitos visitantes..


















Imagem por: Jenn Violetta


Aspear


Qual será a próxima que sem aviso irá me responder com uma alacridade 
agridoce 
cordas viris que arpam sem intenção de vento 
funções coerentes a margem de familiares atracados ao um amontoado de esperas internalizadas 
só mais um pouquinho...
lhe permito ficar além do tudo
detrimento que vorazmente ressurge a cada canto rasgado docemente para aqueles que suplicam por uma vida inexistente
suplicas aspeadas entre um motivo ou outro...
olhares molhados que insinuam um brilho pintado
toques quentes aquecidos sobre velas apagadas
preces surdas alastram uma mecanicidade espontânea 
apenas por mais uma linha entre tantas soltas no vazão do não tempo
que espera pelo livre desligamento eterno.
Mei











Imagem por: disordering_order

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Hospedeira


Por que hoje...
Hoje 
preciso de sua força terrena para não me abandonar nos grandes espaços que me ocupa e me liberta
de (um) tudo que não me comporta
só me compota
em escuro
quente frio molhado seco
coberto de infintas folhas prontas pra que eu possa te regar com profundas linhas sem fim
galhos pontiagudos e carregados de material permanente para que as letras sejam finas e certeiras 
sem necessidade de flores 
as dores
ramos abertos a espera vazia
...
de você
mesmo que seja agora por hora ou sem demora.
Mei 

sábado, 6 de setembro de 2014

Mimosear

desfazendo de meus lindos atos pra lhe abençoar com seus desejos sacros...
sem perdão? porque? o que poderia ser mais puro (se) não o seu lindo desejo de toda minha vida...
mesmo não sendo tão lindo assim..
não sendo tão forte assim...
não sendo tão presente assim...
Esperava que fosse meu Lindo, ou seja, como a mediocridade permite o nobre, aquele que suscita um enorme prazer ou inigualável prazer...
aquele que me apresentou uma linda despedida do eterno prazer... Do que poderia ser um prazer... ou
sim

talvez
algo que se poderia olhar sem fala
sem voz
sem som
sem tato
sem...
Aquele que volta sem...
perdão
sem...
(só) lidão
sem me dar...
me dou.
Não quero uma foto...
uma imagem, pois essas tenho inúmeras,quantas quer?

presença.. prensa...
você
não...
tenho...
Mei

PS: veja, leia sinta:

http://youtu.be/BB0DU4DoPP4



Imagem por Makoto Aida

Presente

Silêncio
Um presente tão caro e tão raro
porque tanto desejo por ele quando posso lhe oferecer muito mais...
mais um pouquinho...
mais um calorzinho...
 mais um apertinho...
menos um vazio...
mas...
o meu desáudio lhe agrada lhe conforta
porque minha taciturnidade lhe invade as fantasias com tamanha solidez nos mais quentes dias...
será nossas isonomias que se confundem com as encarnações inferiores que presentearam familiarmente as vidas...
Então
só 
posso lhe brindar com aluviões de misturas tecidas com células que sei gostar e cativar.
um presente
ente tantos  
...
Mei


Roda da vida




Por que nossas emoções não são..
uma
ou 
só...
acromáticas.
Mei

Guincho


porque a força é tamanha para que você com humilde ousadia tente me impedir de explodir em borboletas negras
em ventos uivantes
em mugidos alados
em balburdia desolada
Toda bazófia está aclamada em urros noturnos, pois a vizinhança não permite antes
com hora marcada e tempo percorrido
só 
espero...
a tão esperada consequência da metamorfose reluzente que suas lavras um dia sonhou em ter
não espere que minha catraca libere algo a mais que não consiga voltar...
só 
um borbotão sem sentido nas vésperas de um fim sem sentido.
Mei

Imagem por: Annie Owens

Espera

Um aguardo esperado sem pressa ou ânsia 
sem cavação te vejo como uma aparição lenta e conhecida que vem balançando minha ondas 
de cílios deitados me abranda para uma eterna viagem vagarosamente desligando-se de tudo que não é meu ou seu
em águas fundas deitamos 
escorregamos entre luas e flores  obsequiosamente por correntes frias que amortecem nossas lindas almas encasteladas
sós
em relevos ejaculados sem querer
em sombras acomodadas sem render
desgeladas por puras imprudências do tão sonhado ser
que Agora não está lá
ou 
esqueceu-se se ser
... 

Mei

imagem por: eri kamijo








segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Preciosa

Existência preciosa
suas doces pétalas confundem os afiados espinhos que não sabe se prende ou liberta
apenas risca nossas histórias nas peles brancas do tempo...
folhas que perdem a cor em  gratidão a força dedicada pelos dedos nervosos
agora procura entre os elos violetas vãos quentes para se abrigar...
mas seu calor está muito distante e
seu brilho portas ocular
fechados
e ainda quantas primaveras teremos...
até que os ventos nos levem novamente
...