sexta-feira, 18 de abril de 2014

Encontrando um selvagem

Irmã VII
Não me conte de seus sonhos nem de seus pesadelos apenas de suas cobertas que...
Vamos relembrar ...  conheço bem e não vou te abandonar...
Como um bibelô carismático que apenas encanta, mas não canta, pois sua voz esta encoberta por milhares de fios ditados pela linda e sacra entidade perfeita que foi nossa infância...
Perdoe-me por não engolir tudo que me prostra-se em longa e empoeiradas brincadeiras...
Por respeitar seriamente às escondidas regras...
Por pular as divertidas muralhas de duros e as vezes molengos concretos frios e vazios de solidão e abandono...
Por apenas te servir de estátua de performance estática 
Onde encontra sua verdadeira performance?
Em minha luz ou em meu olhar? Em minha vida ou em minha morte?
Apenas seja quem “eu “ quero ser!!
Não menos ou mais...
Seja o que não consegui ser...
O que não consegui me tornar...
O que não consegui me perdoar...
O que não consegui me suportar...
O que não consegui me doar...
O que não consegui me transformar...
E transmutar no que deveria ser e ter e consequentemente  um vocabulário sem existência e preconceito.
apenas a simplicidade de ter um efeito de não ser e não ter...
sem efeitos ou sons que alarme-se uma comunidade ou um todo que não suportasse esse simples e delicado ser...

mei  
imagem: 

sábado, 12 de abril de 2014

cHeiro

cHeiro

esse ambiente olente de maneira e destrezas que me enfurece drasticamente
em minhas tonalidades ofuscante
em minhas essências embaladas de passados e rastros de futuros que não são meus e nem seus
em eus e meus tudo se afoga em mercados de  mercadorias apenas impressas
em indícios de breves luminosidades superficiais
quantos focos irão ser necessários para me afrouxar a venda sem cor
o pano branco
Tela amiga me abriga sem medo ou questionamentos
desvenda essa camada granulada e valida minha imagens
os minutos estão escorrendo entre um tom e outro
e segundos se descamam em alegorias sintéticas
sufoco em cena
palco abundante se desmancha em polaridades que não competem em verdades
pano de boca que não respira
seja quente ou frio apenas me cobre
e onde está o Homem?
H
foi
com meu ar
minha boca
e minhas visões
Mei

sábado, 5 de abril de 2014

Papeis


Papeis

Amor vestido de dor e ardor
Paixão encontrada em chãos forrados farpados emaranhados
de borrão
rojão
turbilhão
Que papel me deixa representar?
sua?
minha?
de todos?
colorida ou apenas aquela que te complete?
te combina
te sombre-a
te cubre
te sustenta
com adereços ou limpa?
E você o que escolhe para representar?
você?
eu?
outro?
eles?
sóbrio ou apenas real?
que me instiga
que me perdoa
que me ama
que me retoma
que me afasta
que me mata
quem na verdade surgirá nessa luta insana de forças inseguras
nessa arena de verdades me sinto sem sentido e sem razão
nesse palco de ilusões
vale tudo
vale nada
vale um passe, uma passagem, uma ida sem volta ou quem sabe  
um até logo...
Mei 

Imagem: Ryan Myers