sexta-feira, 14 de março de 2014

Irmã IV

Irmã IV
Medo
Pusilanimidade
Pulsátil em fragmentadas estações
Reflexos de lembranças que talvez
nunca foram realizadas
doadas eternizadas
um tudo que jamais foi sentido e mantido
uma vida de vidas que não permitiram ser vivida
e agora
sem cor ou ondas
nem mesmo louras
apenas sombras e vultos de reproduções falidas e vazias
sangue já não há mais
nem mesmo frio nessa indiferença de formas
chega
não resisto a tanta falta de cor
sua
só a sua me importa
me conduz
me exprime
me entrego agora a esse rio
riso
de vindas e idas
para quem sabe lhe encontrar
não importo mais com nada e nem ninguém
se esse existiu
deixo
permito que me sigam
quem um dia quiser viver ou sentir
sua
cor

Mei

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