Irmã III
Eu sou aquela que ficou no degrau de baixo
Que um dia ou noite não obteve ou se quiser alcançou o
entendimento, o sentir, o perceber que algo estava transportando-se.
Portando esse algo nos seguiu e fugiu
Conversas risos altos e sonhos que foram resvalando de
degrau a degrau minuto a anos que num segundo se deparou com um amontoado de
esquecidos no balaio que nunca foi tão grande e cheio
Uma escada que nunca foi tão providencial
Um sonho de princesa que nunca passou de borralheira
Quantas contas foram feitas para que cada degrau subisse e
se elevasse ao seu condado
Quantas questões e inquisições foram feitas e refeitas
Quantos espaços foram dados para que nos distanciasse tanto
a ponto de não ver mais seu degrau
Mãos que foram entrelaçadas e enlaçadas com encargos e
sutilezas
Olhares fundos de vazios provocados e sustados por uma união
de laços forjados e mantido
Por anos de amor enfarruscado e eternizado
Dupla de uma alma em consanguinidade a algo
Histórias que não tiveram fim nem enredo
Mas foram escritas por alguém que não está
Aqui
Mei
Nenhum comentário:
Postar um comentário