sábado, 19 de julho de 2014

Lago (meu)

Lagos residuais
lago
lagoa sua imensidão embarrada
Sem olhos vitrines de ferro não avisto seu fim tumba maldita em flor que molha as entradas violadas
Flutuantes vitórias sem Régias consomem últimos chorumes espalhados pelas águas agridoces
Um hoje sem companhias a sós com a ablepsia que instaura momentos brancos em escuros alagados
Órgão buraco de luz negra... Olhos selados pela escuridão...
levados pela morte e abrindo somente quando anuir a vida que um dia foi emergida em boias vivas...
Te persigo em vãos que não passo e volto com mãos estendidas que nunca são encontradas
Distancio do aqui só para não sentir o amanhã com medo da invasão vermelha do ontem...
passos pesados se ardem em fusão com fundos frios quase se perdendo nas diversas multidões caladas
caldas embalam sua nudez ácida agora vestida de mãos profanadas em atos emporcalhados vertendo sumago...
seguram, apertam, enforcam...
abafam as inflexões aguçadas durante as correntezas improprias para seu lago
Nada em nada
Tudo bem em ter nada. Tudo bem em não alcançar nada.  Tudo bem em ver nada.
Tenho um lugar para voltar mesmo que dentro e sem foras
apenas só
em voz
...
Imagem: Jája Pája

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