terça-feira, 17 de junho de 2014

Carrossel sem Céu

Carrossel sem céu
Passado já passou em passos percorridos sob passas usadas e abandonadas
circulo distantes ecoam sons familiares em amizades coloridas e dançantes
circulo de animais girando ilusões e realidades
rodas não fazem mais sentidos em círculos amigos
ferrugens tomam conta de um nunca que foi cuidado ou abrigado
voltas cantantes soam melodias de gritos que camuflam verdadeiros martírios
voltas suas revoltas com ondas lenhosas em coloridos vibrantes e não deixa passageiros entrar 
somos só
nós
voltas e eu
eu e revoltas
suspensas sob espaços contínuos que acomodam longas horas de assentos 
reservatório vazio de imagens ilustradas em mundos paralelos de sofás amarelos
ou bancos espessos...
nada reproduz apenas reluz a luminosidade fracassada da vida sob rodas sem contas
pasmos em emplastros cautelosos de subir...
em apenas segundos são convidados a sair ... 
giras eram muito engraçadas com cores e perfumes
agora são esquecidas e amontoadas em almofadas mofadas de som e imagens...
não há um outro fim
apenas esse que me deu um sim
gira e revira todas as asas que um dia pensou ter
só cavalga em animais decompostos que almejam suturar suas posições nos lençóis usuais...
só aspira suas piras em redemoinhos temporais, pois um dias quem sabe
permanecerá
Mei 




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